Amplificação do DNA (PCR)


A PCR – Reação em Cadeia da Polimerase - é um método extremamente poderoso na avaliação da individualização humana. Ela permite a amplificação seletiva, in vitro, de seqüências específicas do DNA alvo que se deseja estudar. A técnica da PCR, no qual fragmentos de DNA podem ser construídos (primers) quando colocados na reação propiciam a replicação rápida da seqüência de DNA de interesse, como é ilustrado na figura abaixo:


 Geralmente, uma reação de amplificação contém o DNA com a seqüência-alvo a ser amplificada, uma DNA-polimerase termoestável, dois oligunucléicos iniciadores, desoxirribonucleotídeos (dNTPs), tampão de reação e concentração adequada de MgCl2 .   Os componentes da reação e a amostra são colocados em um termociclador, que possibilita o aquecimento e resfriamento rápido das amostras ( ZAHA, 2003).



Nesta reação, cada ciclo é composto de três passos. No primeiro chamado de etapa de desnaturação que se dá a 94oC, existe a separação das fitas do DNA molde. No segundo passo, conhecido como etapa de anelamento, entre 40o e 60oC, dar-se-á o pareamento ou ligação dos iniciadores (primers) ao início da região específica (lócus) em ambas as fitas do DNA que se quer copiar. No terceiro e último passo, conhecido como etapa de extensão, a 72oC, dá-se a atuação da Taq-DNA-polimerase que propiciará o pareamento dos nucleotídeos livres, a partir dos iniciadores, às fitas do DNA molde (BONACCORSO, 2006).

Sob condições teóricas, os produtos de PCR dobram de número a cada ciclo. Desta forma, se, hipoteticamente, o número inicial de moléculas de DNA fosse 1, ao final do primeiro ciclo teríamos 2 moléculas amplificadas. Ao final do segundo ciclo 4 moléculas, do terceiro ciclo 8 moléculas e assim sucessivamente, de modo que a repetição destes ciclos, entre 25 e 35 vezes, leva à amplificação exponencial da região alvo, ou seja, do lócus que se quer estudar, alcançando-se bilhões de cópias (ZAHA, 1996).

Os loci analisados através da reação de PCR são muitos. Estes loci podem ser analisados individualmente ou em grupos, através de sistemas chamados múltiplos ou "multiplex" que permitem o estudo simultâneo de diversos loci  (BONACCORSO, 2006).

Independentemente da forma de análise, dentre os loci mais comumente empregados nos estudos forenses de DNA destacam-se, entre outros, vWA, D8S1179, TPOX, FGA, D3S1358, TH01 (Bonaccorso, 2006).

 A amelogenina é um dos loci utilizados que permite, através da técnica da PCR, identificar o sexo de um indivíduo que tenha deixado determinado vestígio biológico (BONACCORSO, 2006).


Referencias e sugestões de leitura 

Norma Bonaccorso. (2009). O DNA na elucidação de crimes Disponível em: www.epm.sp.gov.br

ZAHA, A. Biologia Molecular Básica. 3  ed . Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003



Comments